Segundo título da
história da escola veio com desfile que contou história e tradições do
Maranhão. Taça só foi garantida na apuração da última nota do último jurado.
A Acadêmicos do Tatuapé é bicampeã do carnaval 2018 de São Paulo. O
título só foi garantido na apuração da última nota do último jurado, e pelos
critérios de desempate: a escola ficou com a mesma pontuação da Mocidade
Alegre, Mancha Verde e Tom Maior (270 pontos), mas teve melhor desempenho no
quesito alegoria. Unidos do
Peruche e Independente Tricolar foram rebaixadas.
Muito emocionado, Eduardo dos Santos, presidente da agremiação, defendeu
o mérito da vitória e agradeceu os integrantes da escola.
"Esse é um trabalho da nossa comunidade, do nosso time, do nosso
povo. Nós somos merecedores, nós trabalhamos muito para isso. Acho que a gente
fez um belo trabalho, vamos comemorar, eles merecem todo nosso carinho e nosso
amor", disse.
A escola da Zona Leste conquistou o segundo título da sua história com
um desfile que contou a história e tradições do Maranhão. Saiba mais
sobre o desfile da Acadêmicos do Tatuapé.
Classificação final
O G1 acompanhou ao vivo a cobertura da apuração das escolas de
samba do Grupo Especial de São Paulo. A apuração das notas aconteceu na tarde desta terça-feira
(13), no Anhembi, na Zona Norte da cidade.
Com exceção de uma nota 9,9 de um jurado em samba-enredo, a Acadêmicos
dos Tatuapé recebeu nota máxima em todos os quesitos. A disputa, no entanto,
foi apertada, com várias escolas se revezando na liderança. A Tatuapé só
assumiu a ponta na abertura das notas do 7º quesito: alegoria.
Apesar de ter ficado empatada com outras três escolas, a Tatuapé ganhou
por conta dos critérios de desempate. Em sorteio,
ficou definido que em caso de empate, valeria o número de
pontos nos quesitos, pela ordem: mestre-sala e porta-bandeira, harmonia e
alegoria.
Veja todas as
notas da apuração do carnaval
A Independente perdeu 1,2 ponto por causa de um problema que teve com um
dos carros alegóricos, que precisou ser puxado por uma empilhadeira durante o
desfile. A punição, no entanto, não influenciou no rebaixamento da escola, já
que sua pontuação foi a mais baixa mesmo sem o desconto.
Atingida por um incêndio, a Acadêmicos do Tucuruvi desfilou, mas não foi
julgada. Ela permanecerá no Grupo Especial. Acadêmicos do Tucuruvi, vítima de
incêndio em janeiro, não foi avaliada.
A Águia
de Ouro foi a campeã do Grupo de Acesso, seguida por Colorado do
Brás. As duas escolas sobem para o Grupo Especial em 2019 no lugar de
Independente e Peruche, que caíram.
Desfile das campeãs
A escola campeã, a vice, a terceira, quarta e quinta colocadas do Grupo
Especial vão participar do Desfile das Campeãs na sexta-feira (16), junto com a
campeã e vice do Grupo de Acesso.
Irão desfilar: Tatuapé, Mocidade, Mancha Verde, Tom Maior e Dragões da
Real, Águia de Ouro (campeã do Grupo de Acesso) e Colorado do Brás (vice do
Grupo de Acesso).
Homenagem ao Maranhão
A escola da Zona Leste apostou neste ano em um desfile tradicional que
aconteceu sem imprevistos e agradou pelo samba-enredo potente. Veja letra de
samba-enredo da Acadêmicos do Tatuapé.
Um dos destaques foi a bateria, que interagiu com os integrantes fazendo
"apagões": os instrumentos davam trégua, e a escola podia cantar o
samba.
O carnavalesco Wagner Santos estreou na Tatuapé desenvolvendo um enredo
que conhece bem, já que é maranhense. A escola levou para a avenida 3,2 mil
integrantes em fantasias luxuosas, alas coreografadas e alegorias gigantescas.
A Tatuapé entrou no Anhembi "navegando" com uma ala que
representava o mar e as caravelas dos portugueses. Na sequência, alas e carros
mostraram a culinária, a história e a natureza do Maranhão.
A escola conseguiu economiza mais de R$ 600 mil, com a reciclagem de
fantasias do desfile do ano passado.
Mistura de samba com reggae
A Acadêmicos do Tatuapé ainda apostou em uma bossa ao ritmo de reggae,
muito popular no Maranhão, e em carros alegóricos que mostravam a culinária, a
história e a natureza desse estado do Nordeste do Brasil.
A bicampeã do carnaval de São Paulo é a única escola a contar com um
"rei de bateria", Daniel Manzioni. Este ano ele foi coroado o
"rei eterno" da escola durante o desfile no Sambódromo.
Trajetória da escola
Em 2017, a
escola foi campeã com o enredo: "Mãe-África conta a sua
história: Do berço sagrado da humanidade ao abençoado menino da terra do
ouro". No ano passado, a escola ficou com a mesma pontuação da Dragões da
Real (269,7 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito samba-enredo e levou
o título.
A Acadêmicos do Tatuapé retornou ao Grupo Especial em 2013. A agremiação
foi fundada em 1952 e está sediada na Rua Melo Peixoto, no bairro de mesmo
nome.
O primeiro título chegou após 5 anos seguidos desfilando no Grupo
Especial. Em seu retorno à elite do carnaval de São Paulo em 2013, a Tatuapé
ficou apenas na 11ª colocação. Em 2014, ficou em 6º lugar. Em 2015, terminou na
12ª colocação. Em 2016, foi a vice-campeã.
Assista o desfile da Acadêmicos
do Tatuapé clicando no Link: https://www.youtube.com/watch?v=MZowNBvywLk
FONTE: DO G1 MARANHÃO.
REPORTAGEM
WILLAME POLICARPO.
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