Segundo a polícia, o galpão tinha quatro
vezes mais mercadoria do que a quantidade encontrada em operação anterior. Já
foram decretadas as prisões de dois sargentos, três soldados, um major, um
tenente e um coronel.
A Polícia
Militar (PM) descobriu mais um galpão utilizado para guardar produtos
contrabandeados em São Luís, nesta sexta-feira (2). O local que tinha quatro
vezes mais mercadoria que a quantidade encontrada na semana passada, na região
metropolitana, segundo a polícia.
O juiz Ronaldo Maciel, da primeira vara
criminal, já decretou a prisão do coronel Reinaldo Frankalanci, do major
Luciano rangel, do Tenente Aroud Martins, do sargento Joaquim Carvalho, do
sargento Jonilson Amorim e dos soldados Paulo Ricardo Nascimento, Patrick
Martins e Gleidson Alves.
O tenente e o sargento da Polícia Militar
(PM) já foram presos neste sábado (3). Além deles, o coronel da PM Reinaldo
Elias Francalanci se entregou no início da tarde no Comando Geral em São Luis.
Depois foi prestar depoimento na Delegacia de Combate a Corrupção. Ele é o
sexto policial militar preso nos últimos dez dias por suspeita de envolvimento
com uma quadrilha de contrabandistas.
O galpão fica em uma estrada perto da BR-135
no bairro da Matinha, zona Rural de São Luis. Os policiais militares
encontraram mercadorias parecidas com as encontradas na operação anterior, como
caixas com cigarros e garrafas de whisky. Uma arma foi apreendida.
“A diretoria de inteligência localizou, nós
acionamos os batalhões especiais e estouramos o depósito que, para a nossa
surpresa, é bem maior do que o primeiro depósito que a polícia estourou. (...)
A partir daqui vamos passar o material para a Polícia Civil, que vai dar
continuidade às investigações”, declarou o coronel José Frederico Pereira,
comandante geral da Polícia Militar no Maranhão.
O ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério
Sousa, é apontado como um dos chefes do esquema criminoso. Antes de ser preso,
ele enviou um áudio a outros suspeitos na semana passada e que pode comprometer
outros agentes públicos.
"Realmente complicou... Mas eu estou
trabalhando via o secretário e dois deputados pra gente... É... sanar esse
problema. Esses dias eu tenho trabalhado só isso... usando da minha influência
política para poder mandar chamar esses caras, o deputado chamar e tal pra ver
se a Gente consegue reverter. Por enquanto a gente tem que engolir esse veneno
até a mudança de comando... é o que estou sendo orientado, entendeu?”, disse
Rogério no áudio.
O advogado do delegado Thiago Bardal disse
que o cliente dele está sofrendo perseguição política. Já o advogado de Rogério
Sousa Garcia disse que, no depoimento de sexta (03/03/2018), o cliente dele
usou o direito constitucional de se manter calado.
Entenda o Caso
No dia 22 de fevereiro o secretário de
Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que policiais militares encontraram durante uma operação um porto
privado localizado no Arraial, no Quebra Pote, em São Luís. Depois
de abordagens, três pessoas foram identificadas como militares. Armas, bebidas
alcoólicas e cigarros também foram apreendidos.
Os presos anunciados pela SSP foram o major
Luciano Fábio Farias Rangel, o sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho, o
soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, além de Rogério Sousa Garcia, José Carlos
Gonçalves, Éder Carvalho Pereira, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana
Mendes.
No sítio, descobriu-se um esquema criminoso
formado pelo major Luciano, que já figurava em ações de inteligência. Ele
articulava outros PMs para cobertura armada através de milícia para organização
criminosa, segundo informado pela SSP. Outro homem encontrado no sítio era o
agenciador das atividades no sítio.
Na mesma noite da operação, o então
superintendente de investigações criminais, Thiago Bardal, foi abordado por
policiais nos arredores do sítio. Segundo o secretário Jefferson Portela, ao
ser questionado o superintendente afirmou que estava vindo de uma festa, mas
depois mudou a versão falando que procurava um sítio para compra.
REPORTAGEM WILLAME POLICARPO.
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