O Maranhão continua sendo destaque no quesito
gestão fiscal entre todos os estados brasileiros. Nesta quarta-feira (07), o
Jornal Globonews veiculou reportagem sobre a crise financeira dos estados
brasileiros e a comparação entre os períodos de 2011/2014 e 2015/2017, ou seja,
entre os mandatos dos atuais governadores e dos seus antecessores. Somente
Maranhão, Alagoas e Mato Grosso do Sul melhoraram o resultado fiscal nos
últimos três anos.
De acordo com a reportagem da Globonews, o
saldo negativo acumulado dos balanços orçamentários dos estados entre um
mandato e outro passa da casa dos R$ 46 bilhões. Oito entes da Federação
estavam com superávit orçamentário e passaram a ter um déficit. Essa é uma
crise estadual generalizada. Boa parte dela se dá pela recessão que o Brasil
enfrentou nos últimos anos e que tem reflexos nos atuais mandatos dos
governadores.
Ainda segundo a matéria, a queda da receita e
o desemprego também agravou esse quadro, já que fez com que muitas pessoas que
usavam serviços particulares de educação e saúde viessem a usar o serviço
público, aumentando essa demanda. Ao todo, oito estados que tinham superávit
passaram a ter déficit: Bahia, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.
De acordo com o levantamento, apenas três
estados melhoraram a situação de um mandato para o outro: Maranhão, Alagoas e
Mato Grosso do Sul. O economista Raul Velloso, responsável pela análise,
afirmou que nunca houve, pelas estatísticas, uma situação tão grave quanto
essa.
“Porque os estados, diante desses déficits,
eles em princípio não tem para onde correr para financiar esses déficits,
porque todas as torneiras foram fechadas pelo Governo Federal. Os governadores
que estão aí hoje tiveram o azar também de ter seu mandato coincidindo com os
quatro anos da maior recessão da história do país”, explicou.
Acúmulo de destaques nacionais
O Maranhão vem acumulando uma série de
destaques nacionais quando o assunto é superação da crise. No mês passado,
estudo do jornal Folha de São Paulo atestou que que os Estados de Alagoas,
Paraná, Ceará, Maranhão e Piauí foram os únicos cujas contas não se
deterioraram nos últimos três anos. Ainda no início de 2018, o jornal O Globo
já havia mostrado que o Maranhão é o segundo Estado que melhor controla os
gastos em todo o Brasil.
Em dezembro, o Boletim de Finanças divulgado
pelo Tesouro Nacional alegou que o Maranhão tem saúde fiscal mais sólida do que
tinha em 2014. Em 2014, a nota da Capacidade de Pagamento (Capag) do Maranhão
era C. Segundo o boletim do Tesouro, o Maranhão agora tem uma nota B,
desempenho que vem se mantendo desde 2015.
De acordo com a classificação do Tesouro
Nacional, as notas A e B indicam boa situação fiscal. Já os conceitos C e D
sinalizam o contrário. O Tesouro Nacional é um órgão do Governo Federal. Ou
seja, entre 2014 e 2017, o Maranhão passou de uma situação ruim para um cenário
adequado.
Além disso, em 2017, a Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro publicou estudo apontando o Maranhão
como o segundo Estado com a melhor situação fiscal do país.
REPORTAGEM WILLAME POLICARPO.
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