Ivar de Matos cometeu o crime em junho de
2017, em São Luís, por não aceitar o fim do relacionamento com a
ex-companheira.
O pedreiro Ivar de Matos, de 43 anos, que assassinou a ex-companheira a
golpes de facão e uso de martelo foi condenado a 20 anos de reclusão em regime
fechado. O julgamento ocorreu nesta sexta-feira (13), na 1ª Vara do Tribunal do
Júri, em São Luís. Após a sentença, o réu foi encaminhado para a Penitenciária
de Pedrinhas, sem direito a recorrer da decisão em liberdade.
No dia 21 de junho de 2017, na residência dele, no bairro
Coroadinho, Ivar matou Andrea Miranda Teixeira, de 36 anos. Eles
viveram juntos por cerca de 16 anos e tiveram duas filhas. O casal se separou
por três semanas e Ivar não aceitava.
Tanto o Ministério Público quanto a defesa dispensaram os depoimentos
das quatro testemunhas presentes no julgamento por entenderem que elas já
haviam sido ouvidas durante a instrução processual e não entraram em
contradição e também por se tratar de réu confesso.
Ivar de Matos não quis falar durante o júri e exerceu o direito
constitucional de permanecer em silêncio.
O crime
Andréia Miranda Teixeira morreu após ser golpeada com facão pelo
ex-marido, Ivar de Matos, no dia 21 de junho de 2017, no bairro Coroadinho, em
São Luís. Ela estava morando com a mãe no bairro São Francisco, mas tinha ido
pegar um fardamento de trabalho na casa de Ivar.
A vítima teve partes das mãos decepadas e chegou a ser socorrida, mas
morreu a caminho do hospital. Ivar foi preso em flagrante na Avenida dos
Africanos. Ele estava em uma bicicleta e em posse do facão coberto pelo sangue
da vítima. Ao ser questionado sobre a autoria do fato, o pedreiro confessou o
crime.
Após a prisão em flagrante, Ivar teve a prisão convertida em preventiva.
Na sentença desta sexta-feira (13), o juiz manteve a prisão preventiva e
condenou o réu pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e
feminicídio.
Para aplicação da pena, o juiz Osmar Gomes dos Santos considerou as
circunstâncias judiciais em desfavor do acusado e a qualificadora do
feminicídio, que traduz o homicídio contra mulher por razões da condição de
sexo feminino, seja no contexto de violência doméstica e familiar ou de
menosprezo e discriminação à condição de mulher.
REPORTAGEM WILLAME POLICARPO.
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