
Segundo o ministro Marcos Pontes, medicamento será testado em 500
pacientes e pode ser comprovado em algumas semanas
Cientistas brasileiros vão testar, em
500 pacientes, um medicamento, quase sem efeitos colaterais, com
eficácia de 94% em células infectadas pelo novo coronavírus, com
resultado, no máximo, em um mês. A informação foi divulgada, ontem quarta-feira
(15), pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos
Pontes.
Segundo ele, país também desenvolve
equipamento de inteligência artificial para testar pessoas com suspeita
de Covid-19. A resposta é em um minuto e o teste utiliza reagentes
nacionais. “Vacinas demoram mais do que o reposicionamento de drogas, mas
estamos trabalhando com vacina dupla, tanto para Influenza quanto para a
Covid”, disse. “Só a ciência pode combater o vírus”, ressaltou Pontes.
O ministro não divulgou o nome do
remédio para “não haver corrida” às compras. Isso porque é um fármaco
conhecido, amplamente disponível no mercado, de
acordo Marcelo Morales, secretário de Políticas para Formação e Ações
Estratégicas do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC).
“Teremos nas nossas mãos,
desenvolvido no Brasil, no máximo, na metade de maio, a solução de um
tratamento, com remédio disponível inclusive em formulação pediátrica”, afirmou
Pontes.
O remédio será testado em 500
pacientes em sete hospitais, cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e
outro em Brasília. A administração do medicamento será diária, durante
cinco dias, com mais nove dias de observação. “Em 14 dias, poderemos ver se os
efeitos em pacientes serão os mesmos já comprovados em células infectadas”,
destacou o ministro.
O ensaio clínico será feito com pacientes que
estão internados para o acompanhamento dos sintomas e da carga viral.
Segundo o MCTIC, o protocolo será uma
administração randomizada, ou seja, nem médicos nem pacientes saberão quem está
tomando a medicação e quem está recebendo placebos. “Quero agradecer a comissão
de ética do Ministério da Saúde, que fez a aprovação do protocolo dos testes
clínicos. Nas próximas semanas, teremos os resultados”, disse Pontes.
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