O assassinato covarde do cidadão João Alberto Silveira Freitas no Supermercado Carrefour do bairro Passo D’ Areia, em Porto Alegre/RS soma-se a outros tragédias que vitimaram cidadãos inocentes dentro destes estabelecimentos, em sua maioria negros e, na visão deles (empregadores), suspeitos.
O Carrefour é o principal responsável por estes crimes, uma vez que contrata serviços de segurança legais e ilegais apenas para proteger a mercadoria, nunca as pessoas.
Diferente de outros setores da economia, onde a luta dos trabalhadores fez os empregadores priorizarem a política de segurança para a proteção das pessoas (funcionários e clientes) e não de dinheiro e mercadorias (bancos é um exemplo), no setor de supermercados a segurança ou a proteção continua sendo tão somente da mercadoria.
Daí vem as tragédias, como a de ontem (19).As grandes redes de supermercados escalam uns poucos vigilantes empregados de empresas autorizadas pela Policia Federal- PF. Tudo para aparentar alguma proteção.
Mas, por outro lado, utiliza um outro contingente, maior inclusive, de policiais de folga, sem autorização da PF, que realizam o serviço sujo de abordagens ilegais, agressões e assassinatos.
Os vigilantes são preparados e qualificados para proteger vidas em primeiro lugar. Mas, aqui ou acolá, recebem orientações e são envolvidos num ambiente de violência e agressões que resultam em tragédias.
A nota do Carrefour, como sempre, busca eximir-se de culpa e responsabilizar somente os trabalhadores. Foi assim com um trabalhador rodoviário agredido em junho no Atacadão em Salvador, com um cidadão e depois com um cão no Carrefour Osasco, com um cliente no Extra no Rio de Janeiro, entre muitos outros casos.
Os vigilantes, seus Sindicatos,
Federações e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes – CNTV
repudia o assassinato do cidadão João Alberto, manifesta sua solidariedade a
todos as pessoas negras vítimas da violência e cobra das autoridades que
responsabilizem o Carrefour pelo historio de agressões e violência.
Fonte : Chico Vigilante
Reportagem : Willame Policarpo
Nenhum comentário:
Postar um comentário