
Chico
Vigilante - Deputado Distrital - PT/DF
O presidente
recém empossado dos Estados Unidos demonstrou ter noção clara dos impactos
econômicos da pandemia na economia de seu país e na vida do povo
norte-americano.
Assim que
tomou posse, determinou medidas executivas (que não precisam do aval do Congresso),
tais como:
Aceleração
da emissão dos cheques para as famílias afetadas pela crise;
Ampliação do
valor da assistência alimentar para crianças que dependem da merenda escolar;
Orientação
para as agências do governo federal para que os trabalhadores que recusem
empregos com condições inseguras possam receber o seguro-desemprego.
Além disso,
Biden pediu que o Congresso aprove o pacote de estímulo econômico de US$ 1,9
trilhão, apresentado pelo novo governo. Segundo ele, o plano de alívio do
governo tem o apoio de empresas, trabalhadores e Wall Street.
"Se
agirmos agora, nossa economia ficará mais forte no curto e no longo
prazo."
O presidente
dos EUA disse que os cheques de US$ 600 que estão sendo enviados aos
norte-americanos não são suficientes para que muitas famílias possam sobreviver
à crise.
As propostas
de Biden incluem uma nova rodada de cheques para as famílias, de 1.400 dólares,
além dos US$ 600. Biden diz que isso é necessário para que muitas famílias não
tenham que "escolher entre pagar o aluguel e botar comida em suas
mesas."
Enquanto
isso, no Brasil, o governo de Bolsonaro e Guedes continua insistindo numa visão
ultraliberal, mantendo o teto de gastos, mesmo com a pandemia. Esse teto, que
já estava errado antes dessa crise sanitária, é ainda mais inadequado no
momento em que vários setores econômicos não podem funcionar, total ou
parcialmente, e o mercado de trabalho aprofunda uma situação, que já era ruim
em 2019.

No começo da
pandemia, publiquei um artigo, junto com o ex-deputado federal Ricardo
Berzoini, com o título de “É preciso agir, enquanto é tempo”,
www.chicovigilante.com.br/e-preciso-agir-enquanto-e-tempo/ ,no dia 23 de março
de 2020.
O governo
ainda resistia à proposta de Auxílio Emergencial, que o Congresso acabou
aprovando e que amenizou bastante o sofrimento das famílias e evitou a queda da
atividade econômica.
Mas o
governo não tomou outras medidas e acabou iludindo-se com a queda do número de
casos e mortes nos meses de outubro e novembro de 2020. Agora, a segunda onda
já é uma realidade e o número de mortes já passa de mil por dia.
É necessária
a retomada do auxílio emergencial e viabilizar apoio às micro e pequenas
empresas. Para que isso seja feito sem que a dívida pública fuja ao controle,
só há uma saída: tributar a distribuição de dividendos das empresas e as
grandes fortunas.
Afinal, se
somos uma sociedade, é a hora de os mais ricos ajudarem na sobrevivência dos
mais pobres. O governo do Distrito Federal, por sua vez, deve estruturar
medidas de apoio e assistência à população mais vulnerável de nossa capital
federal.
Chico
Vigilante - é Deputado Distrital, foi Deputado Federal e presidente do PT/DF e
da CUT/DF
Reportagem : Willame Policarpo
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