Exército, Marinha e Aeronáutica fazem parte da estrutura de um país, não de um governo específico.
Mas não é dessa forma que vê o presidente Jair Bolsonaro, a partir do momento que “usa” a estrutura das Forças Armadas para receber um convite para prestigiar um treinamento que a Marinha realiza anualmente no Centro de Instrução da cidade Goiana de Formosa.
Veículos militares, como tanques e blindados, passaram, na terça-feira, 10 de agosto, pela Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Desde 1988, a Marinha realiza exercícios militares em Formosa. Porém, pela primeira vez, parte da tropa foi usada, como uma demonstração clara por parte do presidente de insegurança.
Enquanto muitos acreditam que isso mostra força do chefe da Nação, avalio que a atitude, ao contrário, reflete total desconforto, insegurança, e fraqueza, por não se garantir como presidente.
Alguém já viu uma pessoa e/ou figura pública segura com esse tipo de postura? Obviamente, não. Logo, a conclusão não pode ser outra.
VOTO IMPRESSO
Coincidência ou não, o desfile aconteceu na data prevista para votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso na Câmara.
Difícil não imaginar que o presidente usou o artifício como uma forma de tentativa de intimidação contra deputados federais envolvidos com a votação da matéria.
O momento é extremamente inoportuno. Sem falar no gasto desnecessário com recursos públicos no desfile, em um momento de tanta instabilidade que o país atravessa.
Reportagem: Willame Policarpo
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